segunda-feira, 11 de abril de 2016

Das cartas que eu nunca vou mandar.

É que me bate um desespero
Saber que nunca vou sentir teu cheiro
Bagunçar te cabelo
Te sentir inteiro.

Aquele abraço, sabe?
Eu cheguei a sentir, ouvir,
Teu coração pulsar por mim. Em mim.

Queria ter visto meus olhos nos teus
Minha mão na sua
Nossa pele nua.
 Eu, sua.

Os beijos que eu nunca te dei
Os sorrisos que não te arranquei
Os olhares que não te entreguei
Não sei.

O que é que não sei?
Me perdi. Onde estava?
Não consigo voltar.
Nao rima, eu sei. Eu só não o que fazer.
Ta foda. Ta dando desespero. Eu to pirando.
Meu Deus, nao ta rimando.
Rimou, mas não dura.
Os versos se tornam livres, como você
Que ja nao é meu. Que nunca foi meu, aqui.
Mas veja, verso livre existe.
Só que nele não ha beleza.
Entenda. Que crueldade. Por que a escolha não é nossa?
Não sei. Já deixei de fazer sentido.
Nunca houve sentido, mas foi bem sentido.
Você sentiu?

Eu espero que seja mais fácil pra você
Torço pra eu não enlouquecer
Eu nao vou ficar louca. Foi só pra rimar
É que a gente vai sobreviver, acostumar
É o que ser humano faz de melhor: se adaptar

A merda é conseguir aceitar o fato de nunca te encontrar.

RenataSoares :)


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